sábado, 11 de junho de 2011

O Monstro do Lago Ness

Dez horas e lá vou eu correndo ao Crew Office buscar as chaves da bicicleta número doze. O Branko vai comigo dessa vez, o sérvio até que pareceu bem disposto quando eu disse que o destino ficava a algumas milhas de distância.

O Branko é um dos amigos que vou lembrar depois que deixar esse navio, é o gerente do serviço de internet a bordo e dá maior força pra minhas metas de longo alcance.

Passei pelo meu quarto, troquei de roupa, lutei para achar algo que fosse suficientemente confortável e por fim depois de muito discutir com o meu ego insano, acabei por sair de casaco... Mas, de bermuda.

Invergordon, Escócia, nove graus Celsius, e lá vamos nós. O Branko riu quando me viu carregando três garrafas d’água na mochilona da Oakley. Invergordon, Escócia: QUARENTA E CINCO MILHAS DE INVERNESS!

Por essa eu não esperava, o destino desejado ficava além do meu tempo livre naquele dia frio. A saída era dar meia-volta, guardar a bike, sentar em um pub, comprar um kilt e rir da aventura furada, mas... Sou péssimo em aceitar as saídas e acabei por enxergar uma entrada; Branko concordou comigo: - Estamos aqui, então... Bora pedalar!

Foram três horas pedalando forte, tão forte ao ponto de voltar totalmente desconcertado em comparação com os turistas a minha volta. Já não tinha casaco e nada de meias de frio. O terreno aberto, pleno em cores verdes e as casinhas no alto dos morros, dignas dos mais belos cenários medievais me fizeram esquecer a baixa temperatura. Cada terreno aberto, cada pequeno lago só me aumentava a curiosidade, as placas passavam, as milhas correram e quando vimos... Era hora de voltar.

Lição número tal para futuros navegantes: O intervalo entre seus dois períodos de trabalho pode ser grande, mas nem sempre grande o suficiente para visitar as maiores maravilhas de determinados portos. Nesse caso não chegamos exatamente onde tentamos: O Lago Ness, o Loch Ness, o Lago do Filme, Aquele do Monstro...

Já acomodados em um pub, pertinho do navio, cerveja local na mão e câmera na outra, o Branko analisa as fotos, larga o copo gigantesco na mesa, pega umas batatas fritas, come, olha de novo para as fotos, olha pra mim, olha para o visor da máquina novamente e questiona: Vem cá? Afinal, se não fomos ao Ness, que lago é esse?! O que é que eu vou falar lá em casa?!

Conclusão: Fui ao Loch Ness e foi maravilhoso! Não acredita?! Dá uma passadinha na Escócia e confirma.

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