quinta-feira, 16 de junho de 2011

Adaptadores, Momentos & Saudade

Olha lá, você lendo e eu aqui deitando nessas linhazinhas de computador um mundo de informação que passa pela minha cabeça. Pode chamar o Nilo, conta ainda com aquele Nilo que você conheceu um dia; aquele que sempre tentei promover através de músicas, desenhos, cores e fotos, mas é que hoje resolvi me aconchegar aqui nesse amontoado de palavras; me concentrar no que estou sentindo e fica quieto num canto de parágrafo, para depois me jogar para outro suavemente.

Tudo isso só para falar que depois de alguns meses chega a hora de assumir que há um dia chuvoso brotando dentro da minha mente; vejo as idéias reunidas em um corpo sentado em um banco, esperando o ônibus que vai me levar para a cama depois de um dia intenso.

Já não me refiro à América que ficou lá atrás, à areia branca de Caimã, aos altos e baixos do contorno de Roatã, aos carros velozes passeando por Miami ou à água gostosa do mar caribenho; nem mesmo me sinto assim porque já consigo sentir saudade de tudo isso que estou vendo em um novo continente, confesso que vou seguir um pouco além disso.

Tem um texto da Clarice, é! Da Clarice Lispector, que diz que tudo é efêmero, é verdade! Meu desafio é colocar o coração para seguir a ordem dos fatos; pois se às vezes passamos por momentos difíceis, tem momentos que a realidade e tão farta em açúcar que é difícil parar para escovar os dentes.

Me adapto e sempre vou me adaptar, o problema é quando falamos de pessoas: Três dias para partir, para deixar o Crown, para me despedir daqueles que ainda que eu saiba que vou acabar por me esquecer, não me esquecerei jamais. Olho em volta, vejo a fila de passageiros na minha frente, olho os amigos ao me lado e ainda que melancólico, eu sou convidado a aceitar que eu também sou passageiro aqui.

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