quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Barulho do Aeroporto

Entre toques de celular e barulhos de uma loja qualquer, observo a mãe tentando de qualquer forma tirar a boneca nova da mão de sua filha. É dezembro de 2010, tenho vinte e dois anos, vou para Miami, estou a caminho de meu primeiro contrato com umas das maiores companhias de cruzeiro do mundo. Não sei o que me espera ao certo, mas foram dois anos planejando essa parte da minha história. Meu irmão, mãe, família, todos ficaram apreensivos mas agora passou, tudo está calmo. Eles já não estão mais aqui do meu lado, ainda que eu sinta a presença de todos dentro do peito. Primeira experiência em um barco, seis meses pela frente que eu prometo para mim mesmo que se Deus quiser serão apenas os primeros de muitos e muitos meses até meus trinta anos.

Voltarei enfim para o aconchego de minha terra, das belezas naturais, do gingado e da malandragem, minha pátria Brasil. Voltarei para me unir a mulher que prometi me casar, abrirei meu próprio negócio e se os planos mudarem, estarei de cabeça erguida para abraçar o que meu amigo lá do Céu me reserva.

Espero que essas confissões virem um livro, mas tudo isso depende da hora, depende da boa vontade do universo eletrônico, do cara chato que não para de brigar com a filha ao meu lado e da bateria do laptop, santa tecnologia que já me fez perder bons textos.

6 comentários:

  1. Foda pa caralho, meu brother! Bom saber que tu chegou bem e já ta em atividade!

    Grande abraço,

    Geraldo

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  2. Muito bom! Estamos satisfeitos de saber que você chegou bem e adoramos a iniciativa do Blog. Idéia genial!!! De quem foi? Já li para a mãe e para Cris. Boa sorte e sucesso nesta nova jornada, aproveite as experiências, seja muito, muito feliz. No aeroporto, quando você estava a caminho do avião e nós aguardávamos a decolagem, Cristiane comparou a situação como a de alguém que está em um centro cirúrgico esperando notícias do andamento de uma cirugia em alguém muito querido. Estávamos ali, sabíamos que ainda estavas perto, mas não podíamos tocá-lo, vê-lo ou abraçá-lo. O amor reclamava mais um chamego! A sensação de não ter segurança do retorno. A certeza de que o Nilo que foi não volta, volta outro, que com certeza amamos também.

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  3. caraca nilo... vc manda bem hein meu rei!!!
    parabéns...
    sucesso pra vc la no navio cara...
    espero que suas metas sejam alcançadas com louvor!!!
    forte abraço, conte com seu brother aqui no ES sempre que precisar!
    Júnior Martinelle

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  4. Filho, estou muito orgulhosa de ser sua mãe, meu pequeno grande homem. Vá em frente, olhe para horizonte, seja como a águia! Veja alem das paredes e das aparências. Tenha sensibilidade de um cão, pare, escute, sinta o cheiro, dê um sorriso e a mão. Seja amigo, ame o próximo independente de quem ele seja, não busque luz no fim do túnel, mas dentro de você mesmo. Saudade, palavra que será usada por mim sei lá quantas vezes, mas vou aprender na dor a saborear este sentimento.

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  5. Vou acompanhar teus posts para me preparar!! ;)

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  6. pô cara , vc é um orgulho pra familia
    Nós desejamos tudo de bom pra vc.
    vc é um vencedor! deus te abençoe

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