Olá! Quanto tempo se passou desde que escrevi pela última vez! O tempo voa aqui dentro e é hora de voltar à atividade; creio que a primeira parte da minha história de primeiro contrato já se foi faz tempo, mas, ainda assim, de hoje em diante, quero guiar cada palavra de uma forma nova, nada de segunda parte! Digamos que comecei uma nova temporada.
Meu navio, o Crown, finalmente deu continuidade ao seu itinerário e agora eu vim parar na Europa. Foram sete dias de mar desde que partimos de Miami. Ao chegar a Europa fomos primeiro para Açores, onde tive oportunidade de conhecer Ponta Delgada.
Ponta Delgada é um dos portos mais conhecidos do Arquipélago de Açores, lá todos falam o português e a ilha é bem respeitada, pois é na verdade o cume da montanha mais alta do mundo (ainda que afogada em milhares de litros de água fria).
De lá partimos para Lisboa, a cidade é incrível, estranha sensação de estar caminhando em um misto de Lapa e Santa Tereza, cercado por igrejas, monumentos e arcos gigantescos. As pessoas são amigáveis e possui uma moda bem alternativa. E claro... Garrafas de vinho para todo lado, nem eu consegui escapar e acabei comprando algumas.
Rotterdam foi nossa próxima parada; a cidade que é uma das dez cidades mais caras do planeta fica a duas horas de distância de Amsterdam, lá os locais fazem questão de falar algo que soa como “se é por profissão fica em Rotterdam se é por curtição vai já pra Amsterdam”.
Como o tempo foi curto acabei ficando por Rotterdam, fui ao meu primeiro pub desde que cheguei a Europa e não poderia faltar cerveja local e bom rock para acompanhar cada gole.
O tempo continuou e quando vi, já tínhamos passado por vários portos que não posso esperar a hora de visitar novamente. A Europa se tornou diante dos meus olhos um mundo de castelos, lendas e pubs!
Cobh foi o porto usado na visita a Cork, uma das ilhas da Irlanda; Dublin é uma cidade mágica, tradicional e muito famosa, pois é de lá que vem a Guiness e hoje... Estamos em Liverpool!
Beatles, pubs, frio, decoração, museus, igrejas, construções modernas e ônibus de dois andares. Finalmente sinto o que é chegar ao Reino Unido, já que os dois últimos portos não fazem parte do mesmo.
O Gonzalo, meus segundo companheiro de quarto terminou mais um contrato; depois disso, eu dividi a cabine com o Nimbrod, um filipino que ficou aqui só por dois dias. Fiquei sozinho por uma semana e agora tenho um novo amigo, o Alex, o russo é genial e tem sempre uma história nova para compartilhar.
Mantenho meus passos a base de muita responsabilidade com minha alimentação e preparo físico, continuo lutando para dormir um número aceitável de horas de sono, e posso dizer que abri a cabeça para novos amigos, me sinto mais unido, me sinto mais parte do navio.